segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

FARSCAPE / WHIPSTRIKER

Data: 20/01/12 – Hora: 22:00 - Local: Cultura Clube (Natal / RN) - Bandas: FASRCAPE (RJ) / WHIPSTRIKER (RJ) / NECROHUNTER (PB) / SON OF A WITCH (RN) / DELUGE MASTER (RN).

  Não vou comentar sobre a estrutura da casa, pois todos já conhecem o Cultura Clube e este já é o novo point do Metal aqui em Natal.
Cheguei ao Cultura Clube por volta das 21h15m e já percebi o número reduzido de bangers na frente da casa, o que não é normal pois em Natal os metalheads chegam mais cedo para apreciar alguns drinks e colocarem os papos em dia com os amigos antes de entrarem para ver o show, e foi o que eu fiz, já aproveitei para ter uma breve conversa com as bandas e já começar a colher informações para repassar para vocês, além disso o meu ingresso estava com um amigo que até então não tinha chegado, e fui batendo papo com os cariocas e o pessoal da Son Of A Witch, uma das que eu queria ver.

  Com aproximadamente uma hora e meia de atraso (o que já é de costume dos shows em Natal) e eu continuava a esperar meu ingresso, os paraibanos da Necrohunter abrem a noite, eu particularmente não concordo com banda de fora abrir show, mas escutei o show lá de fora e deu pra sacar o Death Metal cru e old school da banda bastante influenciado pelas americanas do estilo, e em uma conversa rápida com Marcéu (Bass) após o show deles, o mesmo relatou que a apresentação foi baseada em músicas próprias e alguns covers, entre eles consegui ouvir lá de fora dois clássicos do Death Metal – “Living Monstrosity” (do Saudoso Death) e “Slowly We Rot” (Obituary).
Cleber Silter que viu o show da Necrohunter na íntegra me relatou que os paraibanos tocaram aproximadamente 25 minutos com muita competência movimentando as poucas cabeças que estavam dentro da casa, e esses dois clássicos provocaram euforia à frente do palco.
  Já era madrugada, 00h15min do sábado quando sobem ao palco os cariocas da
Whipstriker, e a maioria dos Metalheads já estavam dentro do clube para assistirem o Heavy Motör Punk que começou com as faixas “Bombstorm” seguida de “Bombhead”, e os bangers já se movimentavam a frente do palco, e como alguns já conheciam o som da banda se deu inicio a algumas rodas de polga quando eles tocaram “The Excess” e “Under Vigilance”, eu achei o som deles bem Heavy, mas perceptivelmente influenciado por Motörhead e Nuclear Assault. Em alguns momentos também era forte a influência Thrash de bandas como Destruction e Kreator, eles seguem com um ótimo show, sempre movimentando o pequeno público do evento. Destaque para a faixa “Bitch’s Grass” que foi seguida de “Fight Back” da Banda Discharge (único cover) que abriram ali uma roda com 8 ou 10 pessoas, eu confesso que não conhecia nada do Whipstriker, mas tenho uma grande possibilidade virar fã dos caras, pois foi um show com qualidade sonora e energia, os cariocas agradecem a todos e encerram sua bela apresentação com “The Life As It Is”.
  O baixista e vocalista Vitor relatou que até agora foi o menor publico da turnê, e falei pra ele que até eu fiquei surpreso, pois o publico do evento pelo que percebi não chegou a 100 pagantes e normalmente ultrapassa as 200 pessoas.
Após 15 minutos parados sobre o palco, a 01h05m eles começam o show da Farscape, que tem exatamente a mesma formação da banda anterior, mudando apenas o vocal, que agora é função do guitarrista Léo. 
No meu ponto de vista ficou estranho ver a mesma banda com um som diferente, pois os caras não se deram o trabalho de trocar sequer as camisetas, o que deixou os menos avisados ou mais alcoolizados meio que sem saber o que estava acontecendo, tendo eu que esclarecer  para alguns, o que ocorria lá no palco.  Mas vamos lá, os cariocas executam  um Thrash Death de qualidade, com umas mesclas de guitarras que lembra o Power Metal, foram 11 faixas no set list tendo apenas um cover, “Tormentor” da lendária Kreator e foi a faixa que mais instigou os bangers, pois como a Whipstriker  fez um show enérgico, acho que encobriu a Farscape pois a apresentação teve alguns bangers a frente do palco mas não senti euforia do público.
  A quarta da noite são os potiguares da Deluge Master, uma banda que eu tenho um caso de amor e ódio, pois eles vão beirando os nove anos de estrada e eu conheço essa jornada quase que do começo e já vi pelo menos uns trinta shows do quinteto, uns memoráveis, outros nem tanto assim. Exatamente às 02h00m, eles iniciam o seu heavy mais uma vez com nova formação e com um clássico da banda - “Down Of Death” que já atrai os bangers que curtem o Metal 80” do grupo. Já me chama a atenção o novo guitarrista Gleyson Fast que com sua pouca idade e apenas alguns dias na Deluge executa a faixa com maestria e sentindo-se bem a vontade no posto que lhe foi dado a tão pouco tempo, seguem o show com mais três faixas próprias que farão parte do tão esperado próximo registro da banda e a vocalista Sidhia anuncia um clássico do Heavy Metal, a música “Grinder” da minha amada Judas Priest e eu não poderia deixar de ir ao pé do palco bater cabeça, emenda o clássico com mais uma de sua autoria e uma das minhas preferidas “Master Of War”, nessa hora alguns bangers continuam maltratando os pescoços e a vocalista começa a se soltar, pois até então ela parecia preocupada com os novatos e estava posicionada mais atrás do palco, o que não é o normal dela.
Mais uma faixa da demo e a banda pára no palco, parecia ter terminado o show, ouve-se a introdução de “Mr. Crowler" (Ozzy Osbourne) e a banda entra tocando a faixa junto com o CD que foi abaixando o volume gradativamente, e o baixo imponente chama a atenção de todos novamente para o palco, juntando mais uma vez os Metalheads e provocando uma pequena onda de cabeças.
  Destaque da apresentação é a jovem dupla Vitor (bateria) e Gleyson (guitarra) que são da nova safra de músicos mas por conviverem com maníacos por Heavy oitentista dá pra sentir em ambos, o feeling na pegada do Velho Metal. Outro fato que chamou a minha atenção foi  o baixista Elson (Esse fato também foi comentado por David Praxedes – Comando Etílico) que elogiou sua linha de baixo, ele já tocava bem o instrumento, mas melhorou a sua linha e agora emprega  imponência com as quatro cordas.
  Pra encerrar a apresentação, vem mais uma pra arrepiar os amantes do Heavy Metal 80” – “See You In Hell” (Grim Reaper) que causou euforia mais uma vez em todos.
No conjunto da obra foi uma boa apresentação da Deluge Master, eu já vi melhor, mas com nova formação e pouco tempo para ensaiar com os novos soldados é compreensível. Parece que agora a formação vai  manter-se por longas datas, vamos aguardar as novidades da banda para este ano.
   Pra encerrar a noite, às 02h50m começa o Stoner Rock  da natalense Son Of A Witch, a banda é da nova safra, mas traz músicos das boas bandas da cidade, e uma pequena bagagem de seis apresentações, sendo a terceira em show de Metal sobe ao palco como quarteto por causa de um triste fato, a Avó do guitarrista Space Ghost falecera as vésperas da apresentação, mas a banda em respeito as outras do Cast, ao produtor e ao público apresentou-se com baixa na formação mas com uma apresentação que merece elogios. 
  O guitarrista Gila Monster se desdobrou e deu pra executar um bom show, que teve como introdução a citação de bruxaria “Orgies A Tool” de Louise Huebner, uma Bruxa americana da década de 70, mundialmente conhecida como uma das mais conceituadas e que arrepiou alguns presentes, seguida de “Semi-árido” (faixa instrumental da banda).
  Com exceção da introdução, a Son Of A Witch só executou faixas de sua autoria mostrando um Stoner de qualidade que hipnotizou os que curtem o estilo, que apesar de se encaixar entre os mais mórbidos do rock pesado a banda tem uma movimentação intensa no palco, a faixa “Far Away For Dreamer” lembra a banda Down (Projeto de Phill Anselmo), e teve a galera se agitando lá na frente com a performance do vocal King Lizzy movimentando o pedestal de microfone composto por uma direção de caminhão antigo e uma haste de corrente. Eu sou apaixonado pelo som das 4 cordas portanto suspeito a comentar, mas destaco o contrabaixo agressivo e harmônico ao mesmo tempo que é próprio do estilo, mas gostei da pegada de contrabaixo de Bong Monkey assim como de sua  movimentação  no palco em toda apresentação da banda.
  O grupo solta a antepenúltima da noite “Snake Arms Woman”  que talvez por ser uma das presentes no perfil do grupo no Reverbnation, agitou a galera juntando os bangers restantes à frente do palco, seguida das últimas ”New Monster” e “Friend Of The Sun” encerrando mais uma celebração do Rock Pesado. Eu queria conhecer a banda, e não me arrependo de ter ficado até as quase 04h da manhã para ver esses filhos de uma bruxa. Parabéns Son Of A Witch!
  Pena que o público que já era pequeno ficou minúsculo no show dos caras, mas já vi isso acontecer com Deluge Master, Empire Night e Comando Etílico, e todas respeitaram os que ainda estavam ali para ver os seus shows com o sol já pra nascer, e talvez por isso sejam pequenas grandes bandas da cena Nordeste, a Son Of Witch acaba de entrar para o clube por respeitar as pouco mais de 30 pessoas que ainda resistiam a noite de Metal.
  No mais fica a torcida do Blog DaPeSaDa para que no próximo show os nossos bangers compareçam em maior número. Quero parabenizar a produção do evento e todas as bandas que promoveram mais uma das boas noitadas de som pesado!

Texto e fotos por Adiel Soares

2 comentários:

  1. Parabéns pela resenha do show Adiel, novamente um primor de reportagem, dados e detalhes.

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  2. saudações headbangers de natal/rn e outros estados!.vou deixar aqui um linck do youtube com o video gravado no show do dia 20 de janeiro. abraços
    sergio deluge e deluge master banda.

    http://www.youtube.com/watch?v=AnV_0LW8i60&feature=plcp&context=C3cc46fbUDOEgsToPDskI38LYBBSwYZbCa0JNvP2QA

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